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Resenha de A desconstrução de Mara Dyer

(Foto retirada do Google)
Sinopse: Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente perturbada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpos e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la....



“Meu nome não é Mara Dyer”


    Logo nos primeiros capítulos nós conhecemos, Mara, Rachel, Claire e Jude, quatro amigos que resolvem “brincar” com um tabuleiro de ouija num sanatório abandonado, tudo para tornar a brincadeira ainda mais  assustadora. O que eles não contavam é que quando perguntam ao tabuleiro como eles vão morrer, o nome de Mara aparece e então o local começa a desabar, com todos dentro.

"A garota no espelho sorriu. Mas não era eu. Era Claire. As mechar ruivas caíam em cascata sobre meus ombros, onde meu cabelo castanho deveria estar. E então o reflexo se curvou de modo sinistro no espelho. O banheiro ficou torto, me jogando para um lado. Mordi a língua apoiei as mãos no balcão. Quando olhei para o espelho, era novamente meu rosto que me encarava."

    Depois de algum tempo Mara acorda em um hospital, sem se lembrar de absolutamente nada. E então ela descobre que foi a a única sobrevivente do desabamento que ocorreu no sanatório. Com a recente perda se seus amigos e toda a história de estresse pós traumático, seus pais decidem que é hora de se mudarem e construírem um novo começo para todos eles, e principalmente para Mara.

“Ninguém saberia que em algum lugar por aí há uma aluna mediana com uma trilha de cadáveres nas costas.” 

    O problema começa mesmo, quando ela vai para seu primeiro dia de aula, e acaba vendo sua amiga Rachel ( que até então tinha morrido no incidente) e uma fumaça estranha pairando na sala de aula. Ela sabe que deve ter sido tudo imaginação dela, só que depois de um tempo essas visões e alguns acontecimentos estranhos  começam a ficar constantes e ela não sabe mais distinguir o que é real e o que é fruto da sua imaginação.

“Rachadoras apareceram nas paredes da sala de aula conforme umas vinte cabeças se voltaram na minha direção. As fissuras dispararam para cima, cada vez mais altas, até que o teto começou a desabar. Minha garganta ficou seca. Ninguém disse nada, muito embora a sala estivesse coberta de poeira, muito embora eu achasse que fosse sufocar.
Porque não estava acontecendo com mais ninguém. Só comigo.”

    Seu único amigo é um garoto tão estranho quanto ela, que logo avisa a Mara para ficar longe das garras do famoso Noah, um dos garotos mais bonitos do colégio, só que não tem uma reputação muito boa ( pelo menos é o que dizem). Mas apesar dos avisos eles logo engatam em um relacionamento um tanto conturbado.

- Não há nada que ninguém possa fazer para consertar isso - eu disse baixinho. Finalmente.
Mas então Noah se voltou para mim. O rosto estava anormalmente aberto e sincero, mas os olhos eram desafiadores ao encararem os meus. Minha pulsação disparou sem meu consentimento.
 - Me deixe tentar.

    Todos os personagens desse livros são muito bem construídos, e todos eles estão no livro por algum motivo. O irmão mais novo da Mara, Joseph, um menino de 10 anos que adoro falar sobre a bolsa de valores e assuntos envolvendo economia. O irmão mais velho, Daniel, é super responsável e faz de tudo por sua irmã. Mesmo não se dando muito bem com sua mãe, ela a adora e tenta lidar com ela aos pouco. E seu pai é um grande advogado, que sempre está ocupado, mas faz de tudo para ajudar a filha depois do acidente.
    Essa com toda a certeza é uma das melhores trilogias que eu já li. Esse é aquele tipo de livro que você acaba e não sabe quem ficou mais doido, você ou a personagem, e no fim dessa leitura você estará com muitas perguntas, que serão respondidas nos livros seguintes ( A evolução de Mara Dyer e A vingança de Mara Dyer). Eu recomendo esse livro pra todo mundo, e principalmente para aqueles que curtem um bom suspense com uma pitada de sobrenatural.
Uma curiosidade sobre esse livro, é que ele foi baseado em fatos reais. Aqui vai uma parte da autora falando:

    “Em 2007, eu tinha 24. Eu tinha acabado de realizar e passar no meu teste jurídico. Eu estava admitida a praticar em um terror de trilhões de dólares em financiamento de ações judiciais, que requer meses de depoimentos das milhares de vítimas do Estados Unidos e Israel.

    Um dia, durante uma viagem para Nova York para um dessas entrevistas, eu fiquei envolvida em uma conversa sobre o meu trabalho - isso acontece frequentemente com um trabalho como o meu. A mulher com quem conversei ficou imediatamente interessada. Sua filha adolescente esteve em um acidente com seus amigos, e ela era a única sobrevivente. Ela sofreu de TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático), o qual eu sabia muito sobre, obrigado ao meu trabalho.

    Enquanto essa mulher falava comigo sobre uma ação judicial que ela e seu marido estavam considerando contra o dono da propriedade, uma garota apareceu atrás dela e eu fiquei imediatamente atingida com a sua presença. A garota era bonita, mas de alguma forma assombrada.

    Sua mãe e eu mudamos de assunto e eu aceitei levá-la a uma outra referência de um advogado que estaria bem-equipado para o caso. Mas quando a mulher se virou para ir embora, a garota me deu uma olhada que me deixou gelada. Um olhar que me contou que ali tinha mais história do que qualquer um sabia.

    Eu sabia o que era.

    Avanço rápido para 14 de Maio de 2009. Eu estava em Nova York novamente, não para depoimentos, mas para a graduação colegial da minha irmã. Depois da cerimônia, algo foi mencionado que me fez, imediatamente, pensar naquela garota. Eu sabia o que tinha acontecido com ela.

    Mais tarde naquele dia as primeiras palavras de A Desconstrução de Mara Dyer apareceram de noite. Eu escrevi até as 5 da tarde do outro dia, quando eu tinha 5.000 palavras. A história cresceu com aquela garota no centro. Eu não poderia nunca usar seu nome real, então ela se tornou Mara; que em hebraico significa "amargura".

    Algumas semanas depois eu comecei a receber pacotes.

    Fotos de uma construção em ruínas. Um caderno de rascunhos. Eu continuei escrevendo. O que emergiu foi uma história contada em artefatos e lembranças, de uma vida que não parece existir no mundo que conhecemos, mas está logo abaixo dele. Eu ainda estou recebendo envelopes e pacotes.

    E um dia eu recebi uma carta de uma garota adolescente. O que aquilo dizia era obviamente impossível.

    Mas eu acho que você nunca saberá realmente.” – Michelle Hodkin

    É isso galera, espero que tenham curtido a resenha de hoje.

Ps: Leiam com a luz acessa.



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