Vocês já ouviram falar em CiberAtivismo? Pois é, eu também não tinha escutado essa palavra até ter o entendimento que a internet também é uma vanguarda política.
CiberAtivismo nada mais é que a utilização das ferramentas de comunicação e redes sociais para mobilizar politicamente, abrir discussões e até iniciar debates sobre causas sociais, econômicas ou sobre quaisquer assunto que faça parte do Ativismo político.
“É uma arena complementar de mobilização e politização, somando-se a assembleias, passeatas, atos públicos e panfletos”, diz o professor de comunicação da Universidade Federal Fluminense Dênis de Moraes em seu texto O Ativismo Digital, entretanto, mesmo não tendo estudo aprofundado no assunto, eu vejo o CiberAtivismo não só como uma arena complementar mas como uma forma de ativismo diferente do que o comum. Dar atenção ao ativismo virtual é uma das formas de perceber que as discussões sociais no mundo contemporâneo permanece viva.
Muito se é discutido se o ativismo virtual é uma forma mais fácil ou mais difícil de lidar com os problemas sociais expostos, durante os debates são levados em conta a comodidade gerada pelo CiberAtivismo e a capacidade de maior engajamento por conta dessa comodidade. Porém, a título de refutação, quando o profissional trabalha em sua casa, ele está deixando de trabalhar? Ou o trabalho dele é menos importante? Não, ele continua trabalhando de forma diferente, com mais comodidade. É o que acontece com o ativismo virtual, ele é não é mais fácil, é diferente e precisa ser respeitado como uma das formas mais interessantes de utilizar das redes.
Trazendo o debate para as relações raciais, é necessário abrir uma discussão um pouco maior. Quem está na internet hoje em dia? Quem tem condições de estar na rede? Quem tem poder? Uma grande parte da população negra não possui acesso a internet, atualmente, justamente por toda a estrutura racista que nos coloca em situação social mais desfavorecida. Então, a ocupação dos negros na internet é muito mais do que ativismo, ou ciberativismo, como queiram falar, é EMPODERAMENTO. É está ocupando um local que majoritariamente nos foi negado e considerado um local de brancos interpelado pela branquitude. Está na internet é ter voz e precisamos que nos escutem, o ciberativismo não é mais fácil, é necessário. Até porque, o mundo físico não se distancia muito do mundo virtual.
Dá para perceber que o assunto rende boas reflexões né?! É por conta disso que estou realizando o primeiro #OCUPAeCONVERS que acontecerá em Salvador, na UFBA de ondina, na graminha entre a biblioteca e Letras, das 17 horas às 20:30 com música, discussões e muito amor.
Aguardo ocês, fiquem ligados no evento https://www.facebook.com/events/1079325675481764/
